Por: Matheus H.
Imagem: Karina Rina
Amados e amadas em Cristo Jesus,
Paz e bem!
Em um dos meus artigos para este blog escrevi sobre a Quaresma. Percorremos cada final de semana, sua Liturgia e seu Mistério. E hoje, já em clima de festa pela ressurreição de Jesus Cristo, quero refletir com vocês sobre a Páscoa.
Antes, porém, de refletirmos sobre a Páscoa e seu Mistério, penso que seja interessante perpassarmos nosso olhar sobre o Tríduo Pascal que iniciaremos amanhã, com a celebração da Instituição da Eucaristia e o lava-pés.
A Páscoa era a única festa da Igreja até o fim do século III. Falava-se de Pentecostes não como uma festa, como hoje celebramos, mas como uma continuidade da grande celebração pascal. Cinquenta dias formando um único “verdadeiro dia de festa”. Apenas no fim do século II a Igreja começa a celebrar a memória dos Mártires.
Ao encontro disto, Visonà nos explica que nos três primeiros séculos a Páscoa foi sim a única festa litúrgica, rica em liturgias e teologias, que se traduz no caráter globalizante que lhe é dado ao celebrar todo o Mistério da Redenção.
Celebrar a Páscoa, fundamentalmente, significa celebrar o Rito Eucarístico, devendo considerar quatro Páscoas da história da salvação:
1ª. A Páscoa do Senhor: isto é, a passagem salvífica do Senhor na noite da saída do Egito;
2ª. A Páscoa dos judeus: ou seja, a celebração do “memorial” ou memória objetiva realizada com o rito da ceia pascal;
3ª. A Páscoa de Cristo: isto é, a sua imolação sobre a Cruz, a sua passagem deste mundo para o Pai, através da Paixão e da Ressurreição;
4ª. A Páscoa da Igreja: celebrada sacramentalmente, “in mysterio”, anualmente, mas também semanalmente e cotidianamente no rito Eucarístico.
O rito pascal, tanto no Antigo como no Novo Testamento, está intimamente ligado à Páscoa histórica, da qual é memorial eficaz, presença real da salvação e anúncio do seu cumprimento definitivo (dimensão escatológica).
A Ceia Pascal de Cristo não tem outro significado. Inserida no ritual da ceia pascal hebraica, recebe dela a tríplice ligação que a une à Páscoa que, embora sendo evento histórico (libertação de Israel do Egito), é essencialmente simbólica, pois está orientada para a futura libertação “messiânica”, o rito realizado por Cristo (pão e vinho = Corpo e Sangue de Cristo, verdadeiro Cordeiro Pascal, e Sangue da verdadeira Aliança em relação à Aliança do Sinai, conclusiva da Páscoa do Êxodo) é memorial, a presença da verdadeira Páscoa, que se realiza na “passagem” redentora de Cristo, e é anúncio da redenção completa, que se realizará quando “todos os homens” tiverem celebrado a “Páscoa de Cristo”.
O Tríduo da Páscoa de Cristo, liga-nos, então, ao sentido real, mas em situação temporal, da redenção operada pelo Senhor.
Durante este Tempo Pascal estaremos refletindo um pouco mais sobre o Mistério da Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor. Acompanhem-nos!
Desejo a todos uma feliz e Santa Páscoa!
Matheus Henrique.
http://www.mistagogos.blogspot.com.br/
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Seguem algumas músicas (sem partitura ainda) selecionadas pela nossa equipe:
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